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Manifesto da chapa com as primeiras adesões:

  • emdefesa
  • 16 de mai. de 2017
  • 6 min de leitura

Atualizado 15.05, 22:00

Em defesa da USP: pública, gratuita e de qualidade!

A USP vive o momento mais crucial de sua história! A essência do projeto que permitiu que uma universidade brasileira ocupasse uma posição de destaque no cenário internacional está em questão. O projeto defendido e levado adiante pela gestão Zago-Vahan e pela maioria do Conselho Universitário, se plenamente implementado, significará a destruição da USP tal como a conhecemos. Nesse cenário, o arrocho salarial e o desmantelamento de importantes estruturas da universidade são a ponta do iceberg. Não se trata somente de diminuir os salários ou de destruir as creches, a Escola de Aplicação ou os hospitais universitários. A Reitoria, com a implantação de uma nova avaliação dos docentes, procura criar mecanismos para dividir os docentes em duas categorias: um pequeno grupo de pesquisadores e uma imensa parcela de professores encarregados apenas do ensino e excluídos da pesquisa. Trata-se, enfim, de um ataque sem precedentes à indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, à dedicação exclusiva e ao caráter público da universidade. Esse é o sentido dos métodos de avaliação punitivos implementados de cima para baixo pela CERT, que ferem o regimento da universidade ao desrespeitar a opinião dos departamentos e unidades, e que questionam a permanência dos docentes no RDIDP. Esse é o sentido do novo Estatuto do Docente e da nova Comissão Permanente de Avaliação (CPA), que submetem todos os docentes a um eterno estágio probatório. Esse é o sentido da política aprovada de contratação de professores temporários em regime de turno parcial, precarizados e mal remunerados. Apoiando-se na lógica do produtivismo acadêmico, impulsionado pelas agências de fomento à pesquisa, cria-se um círculo vicioso, no qual professores contratados em regimes temporários, com uma baixa remuneração, sem condições de desenvolver suas pesquisas e excluídos dos programas de pós-graduação, serão privados da dedicação exclusiva e isso será justificado pelas próprias condições que impedem a dedicação plena à pesquisa. A falta de contratação de professores e a diminuição dos funcionários levará a um acúmulo de tarefas e ao aumento da carga didática, que, consequentemente, impedirá mais e mais colegas de atingir as metas sempre crescentes de produção científica, causando, assim, a perda do RDIDP nas avaliações permanentes. Assim, a enorme pressão colocada até hoje apenas sobre os novos professores se estenderá agora ao conjunto do corpo docente. Paralelamente, o arrocho salarial em curso, desestimula a carreira e empurra muitos colegas a buscarem maiores renumerações, apoiando-se, muitas vezes, nas fundações privadas “ditas de apoio”, questionando dessa forma também a dedicação exclusiva e o caráter público da universidade. A reitoria e a maioria do Conselho Universitário, dominados pelos interesses dessas fundações privadas, aproveitam-se da crise de financiamento das universidades paulistas para justificar seu projeto. Não podemos esquecer, no entanto, que a crise de financiamento foi causada fundamentalmente pela expansão da universidade (campi, cursos, vagas etc.), “apoiada” pelo governo do Estado, mas sem aumento proporcional de recursos, somada ainda ao impacto da recessão econômica dos últimos anos que derrubou o ICMS. Zago recusou-se a reivindicar, como previa inclusive proposição do Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), mais verbas para as universidades junto ao governo do Estado. Nem mesmo as verbas que tinham sido acordadas – mais 0,07% por conta da incorporação à USP da Escola de Engenharia de Lorena, mais recursos pela criação da EACH (USP-Leste) – ou estabelecidas por lei (complementação do valor pago aos aposentados – Lei SP-Prev), mas que não são repassadas pelo governo Alckmin, foram exigidas pelo Reitor. Para Zago, contudo, a única solução para os problemas financeiros são o arrocho salarial, com um provável 0% de reajuste em 2017 e pelos próximos anos, os planos de demissão voluntária e o desmonte da universidade. O cenário adverso se completa com os ataques ao serviço público e aos direitos e conquistas desferidos nos últimos anos e que agora são amplificados por Temer e Alckmin, notadamente com a “reforma” da previdência, que afetará também parte importante dos docentes da universidade. Vivemos um momento decisivo. É preciso derrotar esse ataque sem precedentes contra a universidade. É necessário rompermos o isolamento, impedir que nos desmoralizem com avaliações arbitrárias, com o rebaixamento real de nossos salários e com a destruição das condições de trabalho. Nesse sentido, defender uma USP pública e de qualidade significa preservar a indissociabilidade entre ensino,pesquisa e extensão e o regime de dedicação exclusiva; lutar por condições dignas de trabalho e pela manutenção do poder aquisitivo dos salários, buscar formas de avaliação de caráter não punitivo, derrotar o avanço dos interesses privados e assegurar o caráter público de nossas pesquisas; e, sobretudo, lutar pela democratização das estruturas de poder na Universidade. Temos convicção de que a envergadura desse embate demanda a união de todos os docentes e que o nosso sindicato, a Adusp, é um instrumento importante nessa articulação. É essa a razão da nossa candidatura e é por isso que pedimos o apoio de todos que se alinham com esse manifesto, para que juntos possamos impedir esse processo de desmonte e fortalecer um caminho que garanta à USP como uma universidade que seja efetivamente pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada! É isso que a chapa "Em defesa da USP: pública, gratuita e de qualidade" quer para a universidade. Leia o nosso programa, defenda a USP conosco e apoie a chapa nas eleições para a Adusp nos dias 29, 30 e 31 de maio! Compõem a chapa: Presidente Rodrigo Ricupero – História (FFLCH); 1o Vice Ivã Gurgel – Instituto de Física (IF); 2a Vice Michele Schultz Ramos – EACH; 1a Secretária Ana Luiza da Costa – Faculdade de Educação; 2o Secretário Claudio Alvarenga de Oliveira – Veterinária; 1o Tesoureiro Waldir Beividas – Letras (FFLCH); 2a tesoureira Lilian Gregory – Veterinária; Diretorias Regionais: Ribeirão Preto: Annie Schmaltz Hsiou – FFCL; Bauru: Eliel Orenha – Odontologia (FOB); Piracicaba: Marcos Sorrentino – Esalq.

Primeiros signatários: Francisco de Oliveira – Sociologia/FFLCH; João Zanetic – Física; Francisco Miraglia – IME; Boris Vargaftig – ICB; Jorge Souto Maior – Direito; Marcos Bernardino Carvalho – EACH; Adrián Pablo Fanjul – FFLCH, Ciro Teixeira Correia – Geologia; Marcos N. Magalhães – IME; Lineu Kohatsu – Instituto de Psicologia; Jean Pierre Chauvin – ECA; Fabiana Jardim – Educação; Ricardo Ribeiro Rodrigues – Esalq; Jaime Betoluci – Esalq; Katia Amorim – FFCL Ribeirão preto; Andres Vercik – FZEA Pirassununga; Fabio Cesar Alves – FFLCH; Tércio Redondo – FFLCH; Elizabete Franco Cruz – EACH; Manoel Fernandes – FFLCH; Ângela Maria Machado de Lima Hutchison – EACH; Daciberg Lima Gonçalves – IME; Anderson Gonçalves – FFLCH; Denise Trento – Educação; Marta Inez Medeiro Marques – FFLCH; Elenice Mouro Varanda – FFCL Ribeirão Preto; Olga Coelho – FFLCH; Beatriz Raposo de Medeiros – FFLCH; Maria Conceição Souza – Enfermagem Ribeirão Preto; Maria Luisa Shmidt – Psicologia; Lucília Borsari – IME; Henrique Carneiro – FFLCH; Luiz Renato Martins – ECA; Marisa Deaecto – ECA, Ruy Braga – FFLCH; Vima de Rossi Martin – FFLCH; Valéria de Marcos – Geografia/FFLCH; Paula Marcelino – FFLCH; Alexandre Bebiano – FFLCH; Helder Garmes – FFLCH; Francisco Alambert – FFLCH; Sean Purdy – FFLCH; Everaldo de Oliveira Andrade – FFLCH; Pierluigi Benevieri – IME; Gerardo Kuntschik – EACH; Teise Garcia – FFCL Ribeirão Preto; Claudia Vianna – Educação;Moneda Oliveira Ribeiro – Enfermagem; Cristina Brech – IME; Daniel Puglia – FFLCH; Antonio Almeida – Esalq; Marcílio Almeida – Esalq; Osvaldo Coggiola – FFLCH; Cláudia Valentina Assumpção Galian – Educação; Iris Kantor – FFLCH; Gildo Santos – FFLCH; Rubens Barbosa de Camargo – Educação; Marcos Silva – FFLCH; Maria Aparecida Gobbi – Educação; Carlos Zeron – FFLCH; Roni Cleber Dias de Menezes – Educação, Leila Leite Hernandez – FFLCH; Marcos Sidnei Pagotto-Euzebio – Educação; Elie Ghanem – Educação; Rogério de Almeida– Educação; Vinício de Macedo Santo – Educação; Renato da Silva Queiroz – Diversitas; Eduardo Natalino – FFLCH; Teresa Rego – Educação; Rosângela Gavioli Prieto – Educação; Maria Pinto de Carvalho – Educação; Maria Ângela Borges Salvadori – Educação; Ana Paula Torres Megiani – FFLCH; Heloisa Daruiz Borsari – IME; Marco António Brinati – Poli; Bruno Bontempi Jr – Educação; Maria Letícia B. P. Nascimento – Educação; Maria Teresa Celada – FFLCH; Glória Alves – FFLCH; Ana Fani Alessandri Carlos – FFLCH; Flavio Aguiar – FFLCH; Andrea Loparic – FFLCH; Alberto Schneider – FFLCH; Bernardo Ricupero – FFLCH; Jorge Grespan – FFLCH;


 
 
 

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